Tenho no meu íntimo a colossal esperança de um dia poder vir a ser...feliz.Eu e todos os meus, aqueles que meu coração aloja, minha alma acaricia e meus olhos devoram com a avidez de quem ama só pelo gozo que isso dá!



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015


Lento e calmo
Sereno em mim...
Faz-me falta o apelo
O sentido e o fim!
Sôfrego, ardente
Repleto de paixão,
Abraça-me o espírito
A rasgar o chão.
Cativo e presente
Altivo e fugaz
Meio molhado
Atrevido, audaz!
Penetrante mas suave
Carícia sem fim,
Doce ternura
Oferta de mim...
À entrega perfeita
De um mundo só meu,
Desfrutando deleite,
Arrancando do céu,
O que de perfeito existe
O homem tem feito
Amar e amar
Como tem direito!
E meu coração
Às vezes aleijo
Com apenas
Um beijo!
MJF
A noite cai
A lua que abraça...
No sonho que fica
A realidade desfaça!
Tenho o tempo,
Contado em mim...
Sobra pouco
Para pensar em ti!
Os momentos
Já idos
Por lá ficaram...
Não voltam sentidos
Os olhos que amaram!
A noite cai
A estrela pisca,
O sonho que deixou
No caminho que risca!
Sinto agora
Já não sei escrever...
Só versos cansados
Sem nada dizer!
Falta-me paixão,
Amor e entrega...
Falta-me a loucura
Que a nada se nega!
MJF

Eu concorri! smile emoticon E o meu poema foi selecionado para fazer parte desta Antologia! Hoje sou uma pessoa Feliz! smile emoticon smile emoticon
É com muito prazer que a Chiado Editora anuncia que o lançamento do VI volume da Antologia Entre o Sono e o Sonho, se realizará no Auditório dos Oceanos do Casino de Lisboa, no Dia Mundial da Poesia, 21 de Março, pelas 16 horas.
Entrada livre sujeita à lotação da sala.
A vida é a ponte da esperança entre o sonho e a realidade... é preciso acreditar!

sábado, 4 de maio de 2013

Sou pequenina neste mundo,


Pequenina mas não petiz.

O meu sonho não é grande,

Só queria ser feliz!



Já há muito deixei de ansiar...

O bom que a vida tiver p'ra dar,

Vivo um dia de cada vez

Porém sem deixar de sonhar!



Ainda é aqui que me encontro,

Um pedaço de papel e um lápis de carvão,

E as palavras soltas a fugirem-me da mão!



Ainda é aqui que me encontro

Embrulhada no que é mais profundo,

A escrever... o melhor e o pior do mundo!   MJF

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Existem momentos, em que a pureza e a unicidade de um rosto se define somente pelo olhar! (...)
Que o avesso da tua alma seja sereno, e torne brando o peso da tua consciência!
As linhas da minha mão... deixaram de traçar poemas... de almejar palavras simples... de agarrar frases belas... parecem ter perdido o dom! Num céu escuro, o lápis procura o papel que não tem! E a mente confusa já não consegue dizer-lhe onde encontrá-lo!
O que a minha alma esconde... Não entende o mundo, nem as gentes, nem a vida, nem o destino!

Amizade

A Amizade tem cores,
Cheira a flores, sabe a mel!
Trás com ela novos rumos,
Caminhos novos p'ra trilhar...
E outros antigos p'ra recordar!
A amizade tem sorrisos,
Belos, soltos, originais...
Aconchega na alma,
A doce e fresca brisa do mar!
Faz-nos acreditar em sonhos,
Faz-nos crer em novas eras...
E se olharmos de mansinho,
Sem reservas, sem pensar,
Encontramos ao nosso lado
Um velho amigo p'ra mimar,
Um recente p'ra abraçar
Um novo p'ra alcançar!
Mas aquilo que mesmo importa
Dentro e fora de nós...
É que todos conheçam e acolham
A nossa voz!
Que sejamos um porto de abrigo
Ao transformar uma lágrima
Num leve e belo sorriso.
A Amizade é assim
Ou assim deveria ser...
Não há nada a saber!
Acreditar e dar a mão,
Colocar os pés no chão
E encher o coração!
Da única coisa capaz
E sem olhar para trás...
Amar e estar em paz!
 

segunda-feira, 16 de abril de 2012

(...)


Eu tentei compor tudo, tentei esconder as mágoas,
Eu já não conseguia ver o meu sorriso...
Porque me distânciei das palavras?
Para não lembrar do que tanto amei...
Até mesmo as lembranças mais lindas
Parece que em nada foram verdadeiras.
Que sentimentos só estão presentes em poemas tristes,
E eu não sou poeta, sou somente eu!
Alguém que chorou como criança
Procurando uma forma de não ser real.
Nada volta a ser como era antes,
E o que sou, desconheço-o a cada instante!
E as minhas palavras parecem vazias,
E soltas num imenso esquecimento...
Os meus sentimentos em pedaços escritos,
Folha por folha,
Já não se unem novamente,
Mesmo que todas as folhas se juntassem...
Faltaria sempre um pedaço de mim.
Pedaço esse, que foi embora,
Sem aviso, sem pena, sem olhar para trás...
Deixando o coração incompleto,
A sentir pela metade...
O que deveria sentir por inteiro!
O brilho que te nomeou estrela (...) desapareceu!
E eu morri em cada lágrima que se distânciou do meu corpo,
Levando para longe cada alegria de mim...
Tornando difícil sentir!
Hoje,
Tento em vão ir buscar-me onde me perdi,
Chamando a mim lembranças e saudades...
Ficando, no entanto a certeza,
No olhar alheio por entre os vidros da janela
E os espelhos da alma...
O Mundo quieto,
Que algures,
Me escondeu de mim...

quarta-feira, 21 de março de 2012


Passaram quase dez anos
Tão rápidos, tão intensos...
Sem deixar, no entanto, lugar
Ao esquecimento...
Do que foste,
Do que representaste,
Do que deixaste
Em cada um de nós!
Um vazio sem par,
Pois na unicidade do teu ser...
O amor fica como tatuagem
Na alma dos que te viram partir...
Cedo demais.
Cedo para quem deveria ter tido
O direito de desfrutar
O suor de uma vida de trabalho!
A companhia daqueles que
a teu lado lutaram
A tua luta,
A teu lado amaram
A tua causa
A teu lado sentiram
O teu desejo de alcançar
Um sonho que teu
Foi de todos nós!
A uns por algum tempo
A outros para a vida!
Mas faltas-nos tu, aqui...
Para te dizermos as palavras
Que talvez deixámos de te dizer:
- Obrigado Pai!


_Às vezes quando olho o céu, à procura das constelações, tenho quase a certeza, que aquela estrela que mais brilha... és tu, a querer dizer-me alguma cois... talvez para termos a conversa que nunca tivemos!

domingo, 15 de janeiro de 2012

É proporcional o tamanho do amor que sentimos por alguém, com o tamanho do sofrimento que essa pessoa nos pode causar... É sempre a pessoa que mais amamos aquela que tem a maior capacidade de nos dilacerar!
É por isto que somos seres humanos... É por isto que somos frágeis!
Daí, que o planeta, tenha criado ultimamente robots em vez de Homens!

domingo, 8 de janeiro de 2012

A todos os que admiro e a minha Amizade ofereço


Durante o ano inteiro deveriamos premiar os que o nosso coração acolhe com o carinho das nossas palavras, o brilhar dos nossos afectos, o sentir do nosso sentir!

Mas, por alguma razão inesplicável, damo-nos conta de que nunca temos tempo para dar tempo aos que amamos, devidamente.

Porém, quando chega o Natal, todos nós encontramos uns minutos, umas horas, uns momentos para desejar aos que a nossa mente alberga as frases, os ditos, os sentidos de um ano inteiro... como se só nesta altura os afectos fizessem sentido.

Fecho os olhos...

Na loucura das nossas vidas, no corrupio dos nossos afazeres e na falta de tempo para os afectos...

É reconfortante saber que, pelo menos nesta altura do ano, nos lembramos de alguém a quem mimar!

Talvez porque nos sintamos também mais próximos de Deus e do Mundo...

Assim, com a primazia dos simples, desejo a todos um Feliz Natal cheio de saúde, tudo o resto virá por acréscimo.

bem-hajam por existrem

Para mim...

Ao meu lado,

Diante de mim,

Dentro da alma!

O singular valor humano da Amizade

É a Partilha!



A poeta Serrana

Foto de Hugo Figueiredo

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Luis Silva
Chegou hoje um poema para publicação sobre so lanificios. A sua autora é a poeta Serrana, Maria José Figueiredo, a quem agradecemos e esperamos ver logo á noite na estreia do filme.

Lanifícios

... Num esquecido tempo de glória,
Jaz a imagem colorida das mantas de lã...
Aconchego de infinita abundância,
Que a todos satisfazia, que a todos aconchegava...
Do frio e do medo e da incerteza e da desconfiança.
O tempo era de prosperidade,
Era de crescente ascensão e certezas no pão de cada dia.
Concelho de grande labuta industrial,
Servia o rico e o pobre,
Servia o velho e o novo...
Servia o que permanecia e aquele que vinha,
De viagem,
De visita!
Durante tantos e tantos anos...
Os grandes nomes sonoros,
O empresarial dos lanifícios
Que tanto deu de si, a si
Que tanto deu de si, aos outros,
A muitos, a tantos, a todos!
Da noite que se fazia dia,
Nasciam verdadeiras obras de arte...
Verdadeiros alicerces de calor,
Humano, sintético ou pura lã.
Para lá,
Neste teatro vivo de sombras e memórias,
Jazem agora sem cor,
As películas incessantes daqueles que teimam
Ansiosamente não as esquecer.
Aquelas que ficaram na memória
Dos que trabalharam,
Dos que produziram,
Dos que vendiam
E dos que compravam.
Numa lápide sem explicação
Aparece, sem se entender,
Um grande louvor de memória,
À tradição perdida,
Ao trabalho deposto,
Ás lágrimas de um povo que roga,
Pelo trabalho fecundo de uma vida que se extingue.
Um concelho de fervor laboral,
Que morre aos braços daqueles que lhe privaram
O sentido, a justiça, a honra e a tradição Serrana.

Hoje, tocam-se imagens
Desfolham-se revistas
Mas não, nunca mais se voltará a tocar ... a lã!
Não, como outrora foi tocada com o coração de quem a sentiu mover-se-lhe por entre os dedos!

Maria José Figueiredo - A Poeta Serrana

19/11/2011

Lanificios. Doc